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O blog dos bons condutores

Se não sabe conduzir, aprenda. Ou saia da estrada.

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Condução em auto-estradas

bom condutor, 15.09.08

Se todos fossem bons condutores seria raríssimo haver acidentes ou chatices nas auto-estradas. Infelizmente, até aqui os condutores portugueses conseguem criar problemas. Eis os quatro principais:
 

1. Encostar-se à direita: todos já vimos aqueles palermas que persistem em ir demasiado devagar na faixa do meio ou da esquerda, enquanto são ultrapassados nas outras faixas. Solução: fazê-los parar e dar-lhes uns bons pontapés no carro, até que fujam assustados. Experimente e vai ver que resulta.
 

2. Condutores de pesados: de vez em quando, por algum capricho inexplicável, põem-se a ultrapassar outros veículos, geralmente outros pesados, a 80 à hora. Por vezes, talvez para atenuar a monotonia da viagem, até se alternam a ultrapassar. Que o façam sozinhos tudo bem; mas não se metam à frente dos outros. Se querem brincar às ultrapassagens, uma sugestão: voltem à primária. Assim a maioria dos camionistas poderá também aprofundar a sua cultura.
 

3. Mudar de faixa sem fazer pisca: basta consultar os posts anteriores. Para os que não são capazes de fazer um simples pisca ao mudar de faixa há uma solução: vendam o carro ou a mota e passem a usar o site www.cp.pt . Problema resolvido.
 

4. Aceleras: são aqueles parolos orgulhosos da potência dos seus carros, que se põem atrás de nós com os máximos alucinados a reclamar passagem, mesmo quando a faixa à nossa direita não está livre. Muitos destes parolos conduzem carros alemães de alta cilindrada, e parecem pensar que são também alemães (talvez por osmose do carro) e que andam em autobahns. Esperam talvez que, por magia ou sugestão, se abra um caminho para sua excelência passar.


Por vezes acrescentam duas cerejas ao bolo: quando nós próprios já vamos a 120km/h ou mais, e quando se encostam muito a nós, sem margem de segurança. Ou seja, colocando em risco a vida deles, a nossa e a de quem vai connosco.


Nenhum ser rastejante, nenhum verme do mais vil esgoto duma cidade hedionda me causa maior repulsa do que estas criaturas. Anseio pelo dia em que, já muito velho e pronto para a morte, vou travar a fundo e dar a derradeira lição a um destes canalhas. Ah, que maravilha. 


Nada tenho contra andar depressa, pelo contrário: quanto mais depressa melhor. Mas estes aceleras merdotugas mentecaptos ignoram não só a segurança, mas até o simples facto de que HÁ um limite de velocidade: 120km/h. Logo, se alguém vai à sua frente a pelo menos essa velocidade, só pode fazer uma coisa: AGUENTAR. Não tem o direito de incomodar ninguém que vá a pelo menos 120 km/h.


Mais. Ao querer que alguém saia do caminho, não basta uma nesga momentânea na faixa da direita: é preciso que o condutor que se desvia tenha campo livre aceitável para manter a velocidade. Todos conhecemos a situação: por vezes desviamo-nos para dar passagem e vamos parar atrás de um palerma qualquer a 70 à hora. Somos obrigados a travar, sem necessidade, e depois é difícil voltar à faixa da esquerda porque outros mete-nojo não deixam.


E seja qual for a situação, a estrada ou a velocidade, é absolutamente inaceitável colocar em risco a vida dos outros.


Temos de acabar com estes aceleras
. Eu faço a minha parte: sempre que os vejo atrás de mim começo a travar. Olho para eles pelo espelho. Sorrio. Quanto mais frenéticos com os máximos e com o pisca (é talvez a única ocasião em que o usam), mais eu travo. E sempre que posso vou atrás deles e dou-lhes uma valente cabeçada nas beiças. Experimente. Será a sua boa acção do dia.

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