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O blog dos bons condutores

Se não sabe conduzir, aprenda. Ou saia da estrada.

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Os piscas (2)

bom condutor, 12.09.08

Temos então aqueles que insistem em não usar os piscas. Talvez o leitor seja um deles: talvez pense que fazer pisca é irrelevante. Se sim, está no seu direito - tal como eu estou no meu de lhe partir a boca toda.
 

Repare, conduzir não é uma obrigação: pode andar a pé, de autocarro, de comboio. Também não é um direito adquirido: é um direito que tem de merecer.
 

Caso ainda não tenha percebido, andam mais pessoas na estrada. Assim como não pode circular sem luzes à noite, não pode circular sem usar os piscas. NÃO É uma questão de opção, NÃO É uma escolha sua - é algo necessário. Eu explico melhor:
 

Se ainda não reparou, a porcaria do seu carro ou mota tem umas luzes vermelhas atrás que nem iluminam grande coisa. Sabe porquê? É para que os outros saibam onde está. Isto é útil sobretudo à noite. Ao saberem onde está, os condutores atrás de si conseguem prever o futuro (verdade!) desta forma: "se ele está ali é melhor desviar-me, de contrário faço-o bater com os cornos no pára-brisas".


Pois bem, surpresa: os piscas servem exactamente a mesma função - permitem aos outros prever o futuro e tomar melhores decisões. E isto é válido até em simples mudanças de faixa.


Se um condutor faz pisca para se meter à minha frente, eu conto com isso e geralmente deixo que o faça. Fico com a noção das suas intenções e do que se vai passar. Todos à nossa volta ficam com a mesma noção.


Já se alguém surge à minha frente sem fazer pisca é legítimo supor que: perdeu o controlo da viatura; está bêbado; está distraído; ou anda ao calhas, como um tonto. Em qualquer dos casos não serve para conduzir.


Mais: ao fazer uma manobra ou parar na via sem fazer pisca, perde o direito a lá estar. Considero-me no direito de abalroar qualquer condutor que não faça pisca sem ter de dar quaisquer explicações. E é o seguro dele que deve pagar.


Caso o leitor seja um bom condutor, o que é estatisticamente duvidável, convido-o a aplicar o mesmo tratamento:

1. Ao ver o merdas a mudar de faixa ou a virar sem fazer pisca, vá atrás dele e dê-lhe uma valente panada por trás.

2. Quando ele sair do carro para mandar vir, aplique-lhe um forte murro no estômago, de preferência fazendo-o vomitar. Poderá assim assentar-lhe gentilmente a cara dentro do próprio vómito.

3. Enquanto ele recupera os sentidos, aponte os dados do veículo e da apólice. Despeça-se dizendo: "A culpa foi sua. Aprenda a usar os piscas, ou passe a andar de transportes. Fico a aguardar o pagamento do seu seguro."


É uma regra simples, até para um português: se alguém o pode ver, deve usar o pisca. Sempre.

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